sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ninguém é de ninguém

Não tenho um amor, só amo :P
Amor não se tem!
Pelo menos não se têm além do que se sente.
Só se sente mesmo.
Quer ter alguém?
Se mata amigo, nesse mundo ninguém é de ninguém.

Cara! Nem a mãe é minha, também não é do pai.
É do mundo, ela é só dela - e tenho dúvidas sobre até que ponto ela é dela mesma, ou eu sou minha.
As vezes, quando me sinto em paz - é menos frequente do que parece - me entendo como parte da grande massa.
Uma massa composta de todas as densidades, todas as cores, cheiros, sons...
Sou tudo isso e mais um pouco.
Sou tudo: diabo, anjo e deus, capa e cartilagem, suco, segredo, medo.
Sou eu, sou você e qualquer um.
Sou nada.
Nado, corro, caminho e pedalo e sou apenas um pedaço de ti, da mãe, de deus e do diabo me movendo dentro da grande massa.
Se sou você, não posso ser sua e nem você pode ser meu.
Mal e mal as coisas, aquelas sem vida podem ser de alguém.
Imagina então o gato ou o cão: como podem ter dono se também são quem deveria ser o dono?
Não existe ter, só ser.
Queremos muito o ter quando não somos o suficiente. Inventamos o ter só pra isso mesmo.

E queria me 'incluir fora dessa' (adoro essa troca), mas se sou você tenho seus defeitos e tu os meus...
Também quero porque não sou o suficiente.

És de alguém?
Ou és alguém?

2 comentários:

  1. não sei direito como cheguei aqui, mas gostei do que tu escreve. já leu roberto freire? tem muito a ver com esse teu último texto. :)

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  2. Isso lembra o que coloquei no meu perfil do orkut! rss

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