quinta-feira, 9 de julho de 2009

Aprender sem endurecer

Uma vez, num aniversário há uns 3 ou 4 anos, ganhei de um amigo uma página de jornal que tinha um artigo com o seguinte título: 'Espírito Aberto'.
Esta matéria falava que é aceitável alguém com uma grande dor não sair por aí mostrando os dentes, mas é desesperador encontrar pessoas que vivem mal-humoradas [e com essas mudanças ortográficas, como se escreve isso o_O] pelo simples fato de não querer sorrir, de estar acostumado ao mauhumor, de achar idiota rir à toa...
Quantas pessoas conhecemos que, por mais que vivam, só conseguem marcas de rabujentice em seus rostos de olhos fundos?
Quantos, entre nós, não valorizam o calor do sol, de um dia azul, de um sorriso idiota na rua vindo de um desconhecido?
Quantos se sentem até desafiados pela alegria dos outros, odeiam barulho de música alta, odeiam calor, odeiam frio, odeiam mar, odeiam sol... odeiam e odeiam?
Quanto tempo esse povo estranho vai continuar sendo Homo Sapiens em vez de evoluir definitivamente para Homo Sustentabilis [termo do Sr. Jorge Raul] respeitando a vida?
Acredito que o primeiro passo seja simples: gostar da vida, do mundo... nem precisa gostar de todas as pessoas [e eu definitivamente não gosto de todo mundo].
Eu não uso aqui a expressão 'respeitar a natureza' porque estamos [nós que a respeitamos e valorizamos o que temos] cansados de sermos tachados de utópicos ecochatos, mas é isso mesmo!
Como disse a autora do Artigo, eu tolero a dor de alguém, só não tolero que alguém endureça a cada experiência e deixe cada vez mais longe o respeito pela vida dos outros.

Com a sua? Faça o que quiser, mas tente não estragar o bom-humor alheiro apenas por ser incapaz de sorrir.
Covardes!

Pronto! Falei!
Não concorda? Tá irritadinho? Tá, comenta aí então e se mostre do contra :P

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ninguém é de ninguém

Não tenho um amor, só amo :P
Amor não se tem!
Pelo menos não se têm além do que se sente.
Só se sente mesmo.
Quer ter alguém?
Se mata amigo, nesse mundo ninguém é de ninguém.

Cara! Nem a mãe é minha, também não é do pai.
É do mundo, ela é só dela - e tenho dúvidas sobre até que ponto ela é dela mesma, ou eu sou minha.
As vezes, quando me sinto em paz - é menos frequente do que parece - me entendo como parte da grande massa.
Uma massa composta de todas as densidades, todas as cores, cheiros, sons...
Sou tudo isso e mais um pouco.
Sou tudo: diabo, anjo e deus, capa e cartilagem, suco, segredo, medo.
Sou eu, sou você e qualquer um.
Sou nada.
Nado, corro, caminho e pedalo e sou apenas um pedaço de ti, da mãe, de deus e do diabo me movendo dentro da grande massa.
Se sou você, não posso ser sua e nem você pode ser meu.
Mal e mal as coisas, aquelas sem vida podem ser de alguém.
Imagina então o gato ou o cão: como podem ter dono se também são quem deveria ser o dono?
Não existe ter, só ser.
Queremos muito o ter quando não somos o suficiente. Inventamos o ter só pra isso mesmo.

E queria me 'incluir fora dessa' (adoro essa troca), mas se sou você tenho seus defeitos e tu os meus...
Também quero porque não sou o suficiente.

És de alguém?
Ou és alguém?