quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amor é brega, mas é importante.

Em pouco tempo, duas vezes me deparei com um conceito semelhante, no que se refere às guerras pelo poder em relacionamentos familiares, entre amigos, entre chefes e eu...
A visão é mais ou menos assim: lutamos por ter poder sobre os outros porque estamos com pouca energia.
Precisamos dominar para absorver, é como em um diálogo, quando alguém extermina os argumentos do outro.
Porque (diabos!) precisamos da energia dos outros?  Não temos a nossa?
Não!
Só temos energia quando amamos.
E paixão não é amor, pelo menos não neste sentido.
Amor é aquele sentimento de expansão, de ser tudo ao mesmo tempo, de fazer parte de tudo...
É como se fôssemos parte do universo inteiro, e tivéssemos o mesmo tamanho, partilhando de toda a sua magnitude.
Citando James Redfield, "É como se eu fosse apenas minha cabeça e meu corpo fosse todo o resto do universo".

Mas quando é que temos tempo pra respirar tranquilos?
Quando temos tempo, acabamos verificando mentalmente o que podemos ter esquecidos e o que vamos fazer depois.  Vivemos no futuro e no passado.  Não temos presente, logo, penso que não vivemos de verdade :/

Na real, muitos de nós nem conseguem mais ficar sozinhos com os próprios pensamentos.  Deprimem, ou melhor, deprimimos.
Tive uns dias pesados, com meu coração pesado.  Fiquei só comigo mesma e quase me desesperei (mentira: me desesperei sim oO)
Engraçado que, já estou conseguindo, aos poucos, me sentir em paz.
Pode ser pelo alívio que São Pedro deu hoje, é até provável.
Mas não importa São Pedro.  Importa que estou me sentindo em paz.
Hoje não preciso de alguém do meu lado.  Sou eu mesma e todos ao meu redor.
Estou completa e quero continuar assim.

Eu sou Deus!  Eu sou o caminho, a verdade e a vida! (Isso é bonito.)

Sou matéria transformada, matéria do antigo, do que veio no início.
Sou eu, sou tudo e faço parte, também, do vácuo.

PlenitudO.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amor só dura em liberdade. O ciúme é só vaidade

Araras são monogâmicas.  Humanos são?
Bem, apesar do título, esta pergunda é apenas uma das várias que, talvez, pudéssemos nos fazer quando o orgulho bate no peito e sobe à cabeça por causa de alguém.
Já afirmei e reafirmo que ninguém é de ninguém.
E esta afirmação não é vulgar, não é grotesca...  É uma verdade: somos livres.
Não pertencemos a ninguém.
Nossas ideias são únicas e, apesar de nos misturarmos quando nos apaixonamos.
Quem ama liberta.
E sabe por que?  Porque quem ama confia.
Amar...  amar é tão bom!
É emocionante a forma como somos preenchidos pelo amor.
Mas é horrível sentir que temos que dar satisfação de tudo pra alguém de quem gostamos.
É ridículo transformar quem amamos em nosso senhor feudal.
É ridículo escravizar-se propositalmente.  Entregar a chibata e a chave das algemas...
É tosco!
É fraco e feio.

Bonito é amar livremente e ficar junto quando se quer, porque se quer...  Não só pra não ficar sozinho.
Bom mesmo é amar e ficar lembrando e suspirando depois.
Não é bom mentir.  Mas quem pressiona seu amor, está sujeito às mentiras.
Eu já menti bastante.  Fui pressionada por quem não confiava em mim.
Não fiz nada que não fosse desaprovado socialmente, mas não falava a verdade pra não ter que dar trocentas explicações.
Não dou nem pra minha mãe, quanto mais pra marmanjo oO

Então, fica a dica pra quem quer viver feliz com alguém, pra quem quer multiplicar sorrisos e verdades e ficar livre de mentirinhas toscas: 'Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade' (Raul Seixas)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Somos manipulados, ponto!

No post anterior eu coloquei uma cópia de um e-mail que enviei ao Deputado Aldo Rebelo.
Agora, ia dormir e vi no site dele um filme que 'Contesta a tese de Al Gore'.
Ai, diabos!
Eu gosto tanto da força da mídia...  É uma pena que o tempo todo, as informações parecem com a guerra eleitoral gratuita na tv.
Um diz isso, outro diz aquilo.
Eles pensam em algo e propõe uma pesquisa científica que chegue àquela conclusão.  Mas tem algo errado, certo?
Os documentários são propagandas.  Não são transparentes simplesmente porque a verdade não passa de um acordo, de uma imagem...  Não tem nada a ver com certo, com o feeling de viver bem preservando o que se gosta.
No meu caso, gosto de verde, de mato, de bicho, de rio gelado e conversas mais sóbrias.  Enchi o saco dos papos de bêbados de antigamente porque eles são repetitivos.
Mas voltemos à verdade: ela é uma convenção e não vale nada para a vida.
Pense comigo: quando duas pessoas discutem, cada uma defende sua verdade, certo?
Independente de tentar provar que o outro está errado, defendemos nosso ponto de vista.  Então a verdade depende, varia de ponto de vista.  Simplesmente varia no espaço e no tempo.
Ok, então como um documentário pode trazer verdades?
Como uma revista, a tv ou outro meio de comunicação pode trazer a verdade?
Estou falando de Discovery, de Veja, de documentários com famosos ou anônimos...  Estou falando que quem se propõe a montar algo para levar determinada informação às pessoas, está mostrando SUA verdade, seu ponto de vista.

Não é este o problema ambiental.
Esse negócio de verdade, isso não tem nada a ver!
O mundo acaba, a humanidade acaba...  O problema está noutro ponto: o que gostamos!

Como é que pessoas que gostam só de dinheiro vão se interessar por vida terrestre?
Nossa relação com o planeta onde ele não passa de um 'recurso natural' é que é o problema!
A vida não é um recurso, não pra mim.  A vida é de viver, de sentir no rosto como vento 'rapa canela', de sentir úmidos os olhos cansados da viagem quando a gente chega no mar, de suspirar sentindo a noite sobre meu rosto...  Essas coisas de planeta terra.

Mas por que o povo gosta de dinheiro?
Porque não gosta muito de si mesmo, de quem é.  Só gosta do que tem, ou do que os outros tem.
Faz muito tempo que o 'ter' sobrepôs o 'ser'.  Então a gente entende.
A gente entende, mas não se conforma!
Só que, convenhamos: entre não se conformar e ficar brincando de luta de verdades tem uma grande diferença.

Agora vou dormir pra ver se descubro outro jeito pra gente melhorar os valores atuais da nossa espécie.
Diria que, se eu só acordar quando conseguir, esta geração não mais me verá oO

sábado, 24 de abril de 2010

E o seu papel na sociedade, qual é? Você ao menos sabe o que quer?

Meu papel na sociedade é simplesmente melhorá-la.
Melhorar as pessoas, pois os problemas não estão na política ou na economia ou onde quer que seja.  Estão nas pessoas, na forma como interpretam e enxergam a vida e o mundo ao seu redor.
Muitos são dessensibilizados ao longo de anos e repassam isso aos seus filhos.  Além disso, dizem que repetimos durante a vida o que vimos em casa quando crianças.
Mas crianças e jovens aprendem conversando na rua, contanto que alguém tenha paciência para tentar.
Conversar com as pessoas respeitando-as, por mais difícil que seja entender o que fazem, mostra que o que temos a dizer ajudará a todos.  Este respeito é a prova das nossas boas intenções.
Digo 'nossas' porque não estamos sozinhos: somos um grande número de pessoas dispostos a mudar, a melhorar a sociedade ao redor com um objetivo ainda maior: harmonia neste planeta tão lindo.  Me arriscaria a dizer que eu quero uma sociedade sustentável no sentido mais holístico da palavra.
Seria fácil convencer com uma arma, mas só criaria revolta.
Seria fácil convencer dando porrada, mas não funciona a longo prazo.
O que funciona a longo prazo é ser um bom exemplo, é agir com ética, é não aceitar as injustiças lutando contra elas sempre, mesmo quando não se acredita poder vencê-las.
Não estou dizendo para saírem por aí peitando todos para mudarem, ficou claro, certo?
Estou propondo carinho entre as pessoas.  Compaixão pelos destruidores e pelos menos esclarecidos: a vida deles certamente foi diferente da nossa.  Eles são assim porque viveram assim, mas dê-lhes opções, mostre-lhes outros caminhos, mais fáceis, mais bonitos, mais frescos e verdes...  Tente, pelo menos...  E pelo menos algumas vezes.  Tentar uma vez é só apostar.  Tentar de verdade deve ser algo como...  triplicada ^^!
O que pode salvar o mundo é amor, consciência, paciência e persistência.
Nisso eu acredito!

terça-feira, 2 de março de 2010

Tá monótono é? Sua culpa!

Sim, um dia lindo hoje.
Sol, algumas nuvens, temperatura agradável... Nem se compara a primeira semana de fevereiro.
Já estamos em março e a roda dos dias continua girando tão devagar que, de vez enquando, um dia parece igual ao outro.
Mas não é pra escrever sobre mesmice que eu acordei hoje, é pra escrever sobre mudança!

Mudança de atitudes, de personalidade... Não de valores, mas de hábitos.
Velhos hábitos tornam os dias iguais. Tipo tomar café fresquinho feito em casa todos os dias, trabalhar, almoçar... Um dia a gente precisa trocar o café, comprar um almocinho mais leve e levar pra beliscar à tarde... Parar de fingir que política, saúde e educação funcionam e que a beleza da nossa cidade é suficiente pra esquecer que nossos vereadores 'legislam superficialmente' [Veja o artigo 'Legislando Superficialmente' do nosso amigo Henrique no Blog Piratas do Itajaí. Este meu texto foi inspirado por ele e pelo livro 'O Mundo de Sofia, do Jostein Gaarder'].

A superficialidade das nossas preocupações estão nos tirando o foco!
Cabelo, roupa, carro, tênis, marcas, festas, ser forte na frente dos outros, parecer ser inteligente - independente de saber que, na real, não sabe lhufas, mostrar que é quem gostaria de ser - mesmo que não seja, mesmo que não se esforce pra mudar... Uma infinidade de coisas que incluem um 'emprego fixo', andar com um livro grosso na bolsa - mesmo que seja de piadas, ter um meio de condução - bonito, gastador e fumacento, ter um agregado [um par] bonito - inteligente ou não e, de preferência, menos inteligente que você, ter uma casa bonita - mesmo que sua família esteja sempre se matando, doente de respeito e carinho...

O interessante é que, mesmo quando se consegue ostentar tudo o que se quer mostrar, falta algo, não falta?
É que os seres humanos não se contentam em saber que tem algo. Nós precisamos saber quem somos, nós queremos, bem lá no fundo, é saber por que estamos aqui, nesse mundo. Por que será que vivemos? Pra quê? Será que existe um destino? Será que a alma é eterna? Será que a terra é um organismo vivo? Será que nosso sistema político é inteligente? Como será que ele poderia ser melhorado, pra gente viver melhor na sociedade?
Como dói o cucuruto pensar em coisas que realmente importam, né?
Dá um pouco de raiva pensar nisso tudo por um motivo simples: a resposta não é óbvia! Ela exige que se pense de verdade, que se use a razão pra algo mais que escolher a cor da calça e a balada do findi.
Pensar sobre coisas que nos importam superficialmente ocupa um espaço precioso da nossa mente. Um espaço que poderia ser usado para ter mais que ideias, um espaço da mente que nos faria, após raciocinar sobre 'o como', entrar em ação.
Afinal, aprendi com um amigo psicólogo, num texto que ele me deu que 'Pensamento não é ação. Ação é ação.'
Estamos presos aos conceitos que os outros tem sobre o que é ou não importante.
Perdemos, dia após dia, a capacidade de raciocinar por nós mesmos.
Perdemos a personalidade e nos abrimos tanto às egrégoras onde vivemos, que não somos nada mais do que um ponto dentro delas: parte da egrégora, do grupo, dos pensamentos destes grupos.
Seres com identidade massificada pela família, amigos, trabalho... por toda a sociedade.
Mas é que é mais fácil do que ter os próprios conceitos!
Até que ponto é importante estar 'apresentável'?

Bem, eu tenho uma entrevista e preciso fazer as unhas.
E quebro a cabeça, rodo e rodo os pensamentos e acabo em 'fazer as unhas'.
Alguém me bate, por favor?

[Quanta demagogia para uma pessoa só!]

o.O

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Só pra escrever mesmo

Descrever sensações é confuso pra mim, por enquanto. Mas vou tentar mesmo assim.
Tenho compromissos que assumi e estou protelando, como se não os tivesse assumido. Estou olhando para eles como se eu estivesse do lado de fora de uma vitrine e eles, lá dentro. Não me despertam o menor interesse. Algo como uma peça de roupa que eu não pensaria em usar.
É assim que trato boa parte do que não me agrada: imagino que não tenho nada a ver com isso e pronto!
Pronto nada!!!
Sempre sabemos. Sempre tenho consciência dos meus escapismos. Sempre!
Sinto, por dentro do canal que vai ao estômago, uma pelota parada. É uma bola de gude das médias, quase grande. Ela é translúcida, de modo que posso ver seu conteúdo.
Lá dentro está a cena do instante em que me comprometi.
Consigo sentir, com náusea, a sensação de peso, de estar amarrada e não saber soltar o nó que eu mesma, entusiasmada na situação, atei com força e habilidade.
A melhor forma é cumprir o que me propus. Parar de alimentar a sensação que me adoece e me mover ao encontro do futuro que eu mesma busquei há apenas algumas semanas.

Pensando bem, faz mais de um mês [o.O] que disse:
- Semana que vem, pode ser?
- Claro Josi, faça assim que puder.

O 'assim que puder' foi meu fim.
Se tivesse urgência, eu possivelmente encarnaria a solucionadora de problemas e faria o combinado o quanto antes, pois a urgência ressoaria em meus miolos com tanta frequência que não me deixaria esquecer sequer um instante.
Já um 'assim que puder' ressoa..., só volta e meia ressoa, como algo que sempre pode esperar mais um dia.
Mas eu sei! Preciso terminar, pois já transformei o 'assim que puder' em URGENTE!!! há alguns dias o.O

Trabalhar em casa é ótimo, difícil é começar o.O

[Eu devia ter vergonha de escrever tudo isso?]